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sábado, 6 de junho de 2015

Dias 53 - Route des Grandes Alpes (de Saint-Avre a La Grave - 93 km)

Depois de descansar um dia, nada melhor que procurar mais montanhas para "escalar", dessa vez com direito à dois cols em um dia e estrada interditada.

Saí de Saint-Avre em direção ao Col du Glandon, que por sua vez seria o substituto do Col du Galibier, fechado. Na verdade o Col du Galibier possui um túnel, pouco abaixo do passo, que não pode ser cruzado por bikes, mas as pessoas cruzam, então seria possível seguir por lá, na rota original, mas como eu queria atingir o ponto alto, não cruzar pelo túnel e ainda cometer uma infração, acabei decidindo desviar pelo Col du Glandon.
O dia amanheceu com uma clima muito bom, céu azul, nuvens brancas e calor.
Em alguns quilômetros, apenas para atravessar o vale, eu já estava iniciando a subia do Glandon.

No meio de duas montanhas ainda consegui ver um grande monte branco, que depois fui descobrir, era novamente o Mont Blanc.





















A chegada ao passo traz uma paisagem incrível.





No passo, existe um mirante, para identificar o Mont Blanc, longe no horizonte.



O primeiro Col do dia estava vencido (1924 m).


Eu havia cogitado a possibilidade, mas não estava certo se ria fazer ou não, ao chegar no Col du Glandon, eu conferi e realmente estava próximo o Col de La Croix de Fer (Passo da Cruz de Ferro), cerca de 2,5 km. Como eu estava cansado, mas não tanto, resolvi seguir até lá, mais um para viagem, já que o Galibier, que estava sendo substituído por essa rota, também possui duas subidas, Col du Telègraphe e Galibier propriamente dito.








Apenas cheguei no Col de La Croix de Fer (2062 m), fiquei alguns minutos ali, descansei um pouco e retornei, iniciando a descida, para Le Bourg-d'Orseans e posteriormente La Grave.











Durante a descida eu estava com uma grande dúvida, na parada que eu fiz no Col du Glandon, um casal de ciclistas me disse que a estrada que segue ao Col du Lautaret, planejado para o dia seguinte esta interrompida e eu não poderia seguir, havia caído uma barreira, ou algo assim, e bloqueado a estrada, com previsão de abertura dentro de 90 dias, eu acho.
Como eu havia reservado um B&B (Bed and Breakfast) em La Grave, decidi seguir até lá, e no outro dia, se não fosse possível seguir para o Lautaret, voltar e achar outro caminho.











A descida apresenta alguma dificuldade, pois em alguns momentos é preciso voltar a subir, e descer novamente, a estrada passa por dois lagos, um maior e outro menor, comuns na região, para geração de energia. Esses são para uma usina de 1,8 GWh com 900 m de queda d'água.
Continuo pela rodovia que leva a La Grave porém, em um trevo, além de estar tampado a indicação de Briançon, próxima cidade depois de Lautaret, também estava encoberto La Grave, ou seja, eu não tinha estrada para chegar ao destino do dia.
Perguntei em um restaurante próximo e, para minha felicidade e resolução de todos os problemas, o garçom disse que estava bloqueado o túnel do Chambon, que fica exatamente ao lado da represa do Chambon (outra hidrelétrica), e que possivelmente poderia cruzar pelo lago, pois existe um serviço de barco para atravessar pedestres e que por vezes leva até pequenas motos. A única questão é que eu precisava chegar até as 19:00 h, horário de funcionamento do serviço, já era mais de 16:30 h e eu ainda teria cerca de 10 km de subida até o dito lago.
Simplesmente segui, torcendo para que fosso possível atravessar naquele lugar.
A estrada entra no Parque Nacional dos Écrins, a paisagem muda um pouco, as rochas passam dos tons de cinza ao marrom.





Ao chegar no lago, o barco estava cruzando e existia uma pequena fila. Fui informado que, possivelmente teria que ir no próximo, porque já estava lotado de pessoas e bicicletas não são prioridades. Na situação que estava apenas concordei e aguardei, no final acabei indo no primeiro mesmo, porque sobrou lugar.




Uns 20 minutos depois o barco estava chegando na outra margem, cerca de 3 km distante, dali segui ao local reservado, mais uma hora de bike, cheguei antes das 20:00 h. A estrada estava vazia, já que estava bloqueada, raramente um veículo de moradores da região. Na cidade a situação era a mesma, uma cidade turística deserta, sem visitantes.










Depois do longo dia, fiquei hospedado no B&B, a lado do glacial La Meire, quarto para 4 pessoas, só para mim e uma bela vista.

Distância: 93 km
Tempo Pedalando: 8:12 h
Velocidade Máxima: 63,5 km/h
Desnível Positivo: 3035 m
Desnível Negativo: 2034 m
Elevação mínima:  449 msnm
Elevação máxima:  2067 msnm
Acumulado: 2413 km
Velocidade Máxima na Viagem: 68,4 km/h

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